"O prazo médio dos reembolsos neste momento são 55 dias e eventualmente estarei a pecar por excesso", disse, em entrevista à Lusa a presidente da ADSE, Manuela Faria, referindo o "grande esforço" que foi feito nos últimos tempos para reduzir o tempo de espera.
Em 2019, o tempo de espera médio para os beneficiários serem reembolsados das despesas realizadas quando recorrem a consultas ou serviços médicos fora da rede convencionada rondava os 90 dias.
Relativamente às regularizações dos hospitais privados, Manuela Faria sublinhou que este é um dossier que tem estado a ser trabalhado e que centrará atenções uma vez atualizadas as novas tabelas de preços do regime convencionado, que hoje entraram em vigor.
"Este é um dossier que iríamos agarrar a seguir às tabelas. Temos agora serenidade suficiente para tratar dele", referiu Manuela Faria, sustentando que as novas tabelas, ao fecharem os preços de centenas de atos e serviços médicos (sobretudo em cirurgias) também vão permitir suavizar a questão das regularizações por excesso de faturação.
Em março, numa audição no parlamento, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, já tinha referido que só após a aprovação das novas tabelas haverá condições para reabrir outros dossiers como este das regularizações.
No final de 2018, a ADSE divulgou um comunicado onde indicava que as clínicas e hospitais privados tinham a devolver 38 milhões de euros ao subsistema de saúde da função pública devido a excessos de faturação entre 2015 e 2016.
O processo levou, na ocasião, a que vários grupos de hospitais privados ameaçassem suspender as convenções com a ADSE.
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