"A forte recuperação inicialmente esperada para o verão está ainda mais atrasada", explicou o chefe dos assuntos económicos do Ifo, Timo Wollmershäuser, acrescentando que "a produção industrial está atualmente a diminuir devido a problemas na distribuição de matérias-primas importantes" e que em contrapartida o setor dos serviços está a recuperar fortemente da pandemia, indicando que a situação económica está dividida atualmente na Alemanha.
O Ifo acredita que o aumento inesperado da procura global de bens de consumo duradouros, bens eletrónicos e produtos especiais no setor da saúde levou muitos fabricantes a enfrentar problemas de acesso às matérias-primas de que necessitam para os produzir.
O instituto alemão refere ainda o "enorme desafio logístico" colocado pela transformação dos fluxos de mercadorias nas cadeias de abastecimento globais.
O Ifo prevê uma redução do desemprego na Alemanha, de 2,6 milhões de pessoas em 2021 para 2,4 milhões em 2022 e 2,3 milhões em 2023, ou seja, que a taxa de desemprego caia, portanto, de 5,7% este ano para 5,1% e 4,9% nos dois anos seguintes, respetivamente.
Em relação à inflação, o Ifo prevê que atinja 3% em 2021 e desça para 2,3% em 2022 e 1,6% em 2023.
O Ifo prevê que o défice do setor público administrativo alemão atinja 157.300 milhões de euros este ano, mas caia acentuadamente para 52.100 milhões de euros em 2022, e atinja o equilíbrio em 2023.