"A eletricidade distribuída em Portugal aumentou 1% nos nove meses de 2021, justificado pela recuperação do setor da indústria e dos serviços", lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No entanto, o decréscimo da temperatura em julho, face ao mesmo mês do ano anterior, abrandou o crescimento da eletricidade distribuída no terceiro trimestre.
Até setembro, as energias renováveis representaram 76% da eletricidade gerada pela EDP.
Neste período, a geração eólica aumentou 4%, face ao período homólogo, impulsionada, sobretudo, pela Europa e pelo Brasil, "como resultado de maiores recursos e capacidade instalada".
A produção hídrica pró-forma na Península Ibérica fixou-se em 10,8 terawatts por hora, uma subida homóloga de 5%.
Entre janeiro e setembro, o coeficiente de geração hídrica, em Portugal, foi 14% acima da média histórica.
A elétrica adiantou ainda que, desde o início do ano, foram adicionados ao portfólio 1,2 gigawatts (GW) de energia eólica e solar de capacidade bruta.
"Após a conclusão bem-sucedida do negócio de rotação de ativos nos Estados Unidos, as adições líquidas ascenderam a mais 0,8 GW. Globalmente, a capacidade instalada diminuiu 2,4 GW principalmente devido à alienação das duas centrais CCGT em Espanha e seis centrais hidroelétricas em Portugal e ao encerramento da central a carvão de Sines", acrescentou.
No que concerne ao negócio de comercialização na Península Ibérica, o volume comercializado de eletricidade "aumentou ligeiramente no trimestre, apesar da queda significa no número de clientes" (20%), justificada pela alienação das atividades de comercialização B2C de energia, em Espanha.
Já o preço médio grossista da eletricidade, no período de referência, atingiu os 78,5 euros por megawatt-hora (MWh).
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