Falta de tempo, custos financeiros e razões familiares são os três principais obstáculos apontados pelos portugueses para participarem em educação e formação ao longo da vida, de acordo com o estudo 'Guia para adultos: como aprender ao longo da vida?' da Fundação José Neves.
O estudo, que cita dados do INE, revela que em 2020 só 10% dos portugueses com idades entre os 25 e os 64 anos frequentaram programas de formação nas quatro semanas anteriores ao inquérito, de acordo com um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Contudo, a análise revela que os benefícios da educação e da aprendizagem ao longo da vida "podem repercutir-se ao nível individual e social, e também em diferentes âmbitos da vida, nomeadamente na empregabilidade, remunerações, família e bem-estar".
Este estudo tem como objetivo "ajudar os portugueses adultos a entenderem a importância da formação, a tomarem as decisões certas e a passarem à ação".
Precisa de motivação para aprender mais?
De acordo com o estudo, são várias as motivações para continuar a aprender e para frequentar um curso ou ação de formação, entre elas as quais a "forte expetativa de desenvolvimento da carreira, associada aos seguintes objetivos: melhorar a performance e satisfação profissional, progredir na carreira (o que pode requerer o desenvolvimento de novas competências), transitar para outra profissão e colmatar o gap de competências, mudar completamente de carreira ou área profissional (o que pode requerer uma nova formação de base), tornar-se um profissional único através do domínio de competências abrangentes e muito distintas".
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