Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) assinala que a queda na taxa de desemprego desde o pico em abril de 2020, aquando dos primeiros impactos da pandemia da covid-19, "deve ser interpretada com cautela, uma vez que reflete em grande medida o regresso de trabalhadores em 'lay-off' temporário nos Estados Unidos da América e no Canadá".
O número de trabalhadores desempregados em toda a OCDE caiu para 38,7 milhões em setembro, menos 1,1 milhões do que em agosto, acrescenta a organização.
Na zona euro, a taxa de desemprego "baixou ligeiramente" em setembro para 7,4%, contra 7,5% em agosto, com vários países igualarem ou superarem uma redução de 0,3%.
A Áustria foi o país da zona euro com maior redução do desemprego em setembro (-0,7 pontos percentuais, para 5,2%), seguindo-se a Grécia, Finlândia e Lituânia, todos com menos 0,5 pontos percentuais e com taxas de desemprego de 13,3%, 7,7% e 6,7%, respetivamente.
Também França (7,7%) e Letónia (6,8%) registaram reduções nas suas taxas de desemprego em setembro, ambas com menos 0,3 pontos percentuais face a agosto.
Fora da Europa, foram registadas diminuições de 0,2 pontos percentuais ou mais em setembro nos Estados Unidos da América (para 4,8%), Canadá (6,9%) e México (3,9%).
Por outro lado, a taxa de desemprego aumentou em Israel (para 5,2%), Coreia do Sul (3,0%) e Austrália (4,6%).
A Colômbia e o Japão mantiveram em setembro os valores das suas taxas de desemprego de agosto, com 12,7% e 2,8%, respetivamente.
No conjunto da OCDE, a taxa de desemprego diminuiu mais rapidamente em setembro entre jovens (com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos), para 12,1% face aos 12,4% em agosto, do que entre os trabalhadores com mais de 25 anos, segmento em que o desemprego baixou apenas 0,1 pontos percentuais, para 5,0%.
Já as taxas de desemprego entre mulheres e homens na OCDE verificaram a mesma variação face a agosto, com reduções de 0,1 pontos percentuais, para 6,0 e 5,7%, respetivamente.
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