Em comunicado enviado à bolsa de Hong Kong, a empresa com maioria de capital norte-americano detalhou que, apesar dos resultados negativos, o grupo registou uma melhoria face ao terceiro trimestre de 2020, quando teve um prejuízo operacional de 280,7 milhões de dólares (242,1 milhões de euros).
As razões para os maus resultados do grupo prendem-se com a pandemia de covid-19.
"As visitas a Macau diminuíram significativamente desde o início da covid-19, situação impulsionada pelo forte efeito dissuasor da pandemia nas viagens e atividades sociais, com quarentenas impostas em Macau e noutros locais", indicou o grupo.
A Wynn Macau acrescentou ainda que devido à incerteza "não pode razoavelmente estimar o impacto nos resultados futuros da empresa nas operações, fluxos de caixa, ou condição financeira".
Macau é um dos únicos territórios no mundo que continua a apostar numa política de casos zero. Desde o início da pandemia, o território registou apenas 77 casos da doença.
A entrada em Macau, de fora da China continental, só não está vedada a residentes, e, mesmo esses, têm de fazer pelo menos 21 dias de quarentena obrigatória dentro de um quarto de hotel, mesmo que estejam vacinados e apresentem teste com resultado negativo.
No ano passado, devido ao impacto causado pela pandemia de covid-19, os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (6,5 mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.
O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do PIB de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.
Na capital mundial do jogo existem três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn Resorts) e três subconcessionárias (Venetian [Sands], MGM Resorts e Melco).
Nos últimos oito anos, Macau, o único local na China onde o jogo em casino é legal, passou de 11 para os atuais 42 casinos e gera significativamente mais receitas do que a indústria do jogo em Las Vegas, nos Estados Unidos.
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