O plano da União Europeia (UE) de eliminar os carros a combustão até 2035 coloca em causa cerca de meio milhão de empregos, de acordo com fabricantes europeias, avança o Financial Times.
Em causa está um estudo que envolveu quase uma centena de empresas da Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) e que revelou que, dos 501 mil postos de trabalho em perigo, mais de dois terços desapareceriam nos cinco anos anteriores a 2035, segundo o mesmo jornal.
Ora, isto dificultaria a mitigação dos "impactos sociais e económicos" causados pelo desemprego no setor.
A Comissão Europeia apresentou, em julho, um pacote legislativo para garantir que atinge as metas climáticas, no qual constam propostas como o fim da venda de carros a gasolina e gasóleo ou a criação de um imposto sobre o carbono.
Entre as medidas que constam no pacote legislativo, o executivo comunitário propõe o fim da venda de automóveis que funcionem a gasolina e gasóleo a partir de 2035, ao estabelecer novos limites para as emissões de CO2 no setor.
Para tal, e de maneira a garantir que, até 2050, o parque automóvel europeu deixe de produzir emissões de gases com efeito de estufa, a Comissão Europeia propõe também que os Estados-membros expandam a capacidade de carregamento de baterias, através da instalação de pontos de recarga a cada 60 quilómetros nas principais autoestradas dos Estados-membros para carros elétricos, e de 150 quilómetros para os carros a hidrogénio.
Leia Também: Ambiente de trabalho? Mais de 50 empresas têm este 'selo' de qualidade