Inflação nos EUA acelera para 6,8% em novembro, a mais alta desde 1982

A taxa de inflação acelerou para 6,8% em novembro nos Estados Unidos, em comparação com o mesmo mês de 2020, o que representa o registo mais alto de preços no consumidor desde 1982.

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Lusa
10/12/2021 17:39 ‧ 10/12/2021 por Lusa

Economia

Estados Unidos

Em outubro, a taxa de inflação tinha ficado em 6,2% e este aumento para 6,8% coloca a inflação no seu nível mais elevado desde junho de 1982, segundo o índice de preços no consumidor divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho.

Os números surgem depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter anunciado no mês passado que a sua "prioridade absoluta" seria inverter a curva da inflação.

Se forem excluídos os preços dos alimentos e da energia, os mais voláteis, a inflação subjacente atingiu 4,9% no último ano.

Os preços da energia foram os que mais aumentaram desde há um ano (33,3%).

Antes da divulgação destes dados, Biden tinha indicado que os preços continuavam alto em novembro, mas acrescentou também que isso não refletia a "realidade de hoje", apontando a descida dos preços da energia nas últimas semanas, já depois de recolhidos os dados incluídos no relatório de novembro.

Em relação ao mês anterior, o aumento de preços registado abrandou ligeiramente (+0,8% contra 0,9% em outubro), mas o aumento superou as previsões dos analistas, o que significa que a inflação é persistente.

"Os números divulgados hoje confirmam o que cada família norte-americana já sabe: que a inflação está fora de controlo com a liderança democrata", afirmou o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, em comunicado.

A oposição republicana sustenta que a injeção de largos milhões de dólares na economia preconizada pelos democratas contribuiu para a subida da inflação.

Estes dados pressionam também a Reserva Federal (Fed), que tem um duplo mandato de fomentar o pleno emprego e a estabilidade de preços e surgem dias antes de uma nova reunião de política monetária do banco central norte-americano, que publicará na quarta-feira novas previsões económicas, incluindo as da inflação.

Durante algum tempo, tanto o banco central, como a administração Biden insistiram que a inflação seria "temporária" e ligada à recuperação económica que se seguiu à recessão histórica de 2020 causada pela pandemia.

Recentemente, o presidente da Fed, Jerome Powell, admitiu que chegou o momento de deixar de falar de uma inflação temporária nos Estados Unidos e que "os riscos de uma inflação mais persistente aumentaram".

Leia Também: Inflação na Alemanha dispara para 5,2% em novembro, um máximo desde 1992

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