Um relatório governamental, divulgado na quarta-feira, revelou que esta despesa subiu 9,7% em 2020, uma taxa de crescimento que é o dobro da habitual, com a despesa com os cuidados de saúde a representarem um dólar em cada cinco na economia.
A quota do governo federal na despesa de saúde aumentou para 36%.
Este crescimento não foi liderado pelos cuidados de saúde aos doentes, mas pelos subsídios federais para manter solventes hospitais e fornecedores médicos; financiamento para desenvolver e distribuir testes covid, vacinas, tratamento e contramedidas; e assistência à pública Mediacare, que enfrentou uma vaga de pessoas sem seguro de saúde durante uma crise de saúde pública.
"A história que se desenrolou em 2020 e continua é totalmente diferente do que aconteceu nos últimos 100 anos", detalhou-se no documento dos Centers for Medicare and Medicaid Servisses, que foi publicado em linha pela revista Health Affairs.
Este documento tem caráter anual e mede o impacto dos cuidados de saúde no país.
No ano passado, com várias cirurgias canceladas e a telemedicina a substituir as consultas presenciais, os dois partidos aprovaram no Congresso medidas que, com a mobilização de dezenas de milhares de milhões de dólares, impediram que o sistema privado de cuidados de saúde colapsasse.
Juntamente com a despesa direta federal em contramedidas por causa do covid e o dinheiro do programa Medicaid, a estratégia funcionou, disse o economista Douglas Holtz-Eakin, um antigo diretor da apartidária Agência do Congresso para o Orçamento e um consultor político dos republicanos de velha data.
"Os casos de covid impediram os hospitais de terem o seu habitual volume de faturação", disse Holtz-Eakin. "O dinheiro do resgate oriundo do governo federal foi realmente importante quando as outras fontes secaram", acentuou.
Um fundo de 122 mil milhões de dólares, a que os hospitais podiam recorrer para cobrir as suas perdas, foi o eixo central.
"Quando olho para 2020, não foi perfeito, mas penso que o Congresso merece notas elevadas pelo que fez", acrescentou Holtz-Eakin.
Os 4,1 biliões de dólares representam um aumento de 365 mil milhões em relação a esta despesa realizada em 2019 e em termos médios por pessoa significa 12.530 dólares.
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