TAP: "Cedência de slots não põe em causa o negócio" da companhia
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu hoje que a cedência de nove pares de slots no aeroporto de Lisboa, exigida pela Comissão Europeia, não põe em causa o negócio da companhia aérea
© Lusa
Economia TAP
"A cedência [de slots] não põe em causa o negócio da TAP", afirmou Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, em Lisboa, após a 'luz verde' de Bruxelas ao plano de reestruturação da companhia aérea.
Segundo o governante, a transportadora tem 300 slots diários, portanto trata-se de "um número reduzido".
A Comissão Europeia informou hoje que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, impondo que a companhia aérea disponibilize até 18 'slots' por dia no aeroporto de Lisboa.
Questionado sobre as rotas das quais a companhia aérea poderá vir a ter de abdicar, Pedro Nuno Santos explicou que não são cedidos destinos, mas sim faixas horárias que não estão adstritas a nenhum destino em particular e que essa será uma escolha da gestão da TAP.
Os 'slots' de que a TAP abdicar serão colocadas a concurso, que será realizado no inverno do próximo ano, esclareceu o ministro.
No entanto, Pedro Nuno Santos avançou que alguns desses 'slots' são usados pela TAP para fazer ligações intercontinentais e, como tal, não irão para uma companhia com o mesmo modelo de negócio, porque isso exigiria um "investimento tremendo" dessa companhia no aeroporto de Lisboa.
"A TAP vai revendo as suas ligações, nós não vamos perder muitas ligações relevantes", garantiu Pedro Nuno Santos.
Na proposta inicial do plano de reestruturaçao enviado para Bruxelas em dezembro de 2020, o Governo disponibilizava-se a abdicar de seis pares de 'slots'.
"A Comissão Europeia queria que a TAP cedesse bem mais 'slots' do que este, mas foi no quadro da nossa interação que conseguimos um resultado que não põe em causa, nem perturba de forma significativa o negocio da TAP", frisou o ministro com a tutela da aviação.
"Preferiríamos não perder nenhum 'slot', mas também sabemos que esse tem sido um compromisso exigido a todas as companhias áreas alvo de intervenção", apontou.
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