Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), Nuno Lopes, revelou que "os indicadores da passagem de ano são melhores do que os do ano passado", embora não tenha sido realizado um inquérito muito exaustivo junto dos empresários.
"Nos hotéis, cremos que a taxa de ocupação tenha rondado sensivelmente os 70 por cento. No entanto, estes indicadores ficam aquém do período pré-covid-19, muito por causa das últimas medidas restritivas, nomeadamente a obrigatoriedade de mostrar um teste PCR ou antigénio, realizado por um profissional", sustentou.
A Câmara de Figueira da Foz decidiu este ano oferecer à população local e aos visitantes espetáculos de fogo de artificio na noite da passagem de ano, mas também no dia 01.
De acordo com Nuno Lopes, as ruas da Figueira da Foz estiveram "muito compostas" no fim de semana da passagem de ano, mas a obrigatoriedade de apresentação de teste covid-19, realizado por um profissional de saúde, acabou por retrair as pessoas.
"As pessoas até têm vontade de sair, mas não há resposta em termos de testes. O serviço gratuito de testagem feito por profissionais tem capacidade máxima de 24 testes por hora e as farmácias também não conseguem dar resposta", referiu.
O presidente da ACIFF recordou que previa que "este último Natal já fosse mais dentro da normalidade" antes da pandemia, mas "não foi bem assim".
"Desejamos voltar à normalidade, a vacinação trouxe grande esperança, mas em termos de transmissão não tem efeito tão elevado, porque há elevada taxa de infetados. Em termos de comércio, vão manter-se as regras de distanciamento, de higienização e aguardamos por dias melhores", acrescentou.
No seu entender, o comércio da Figueira da Foz tem mostrado que é resiliente e até bastante competitivo, depois de na fase inicial da pandemia terem fechado algumas lojas de comércio local.
"Temíamos que fosse um êxodo, mas felizmente isso não se tem verificado e esperamos que não venha a acontecer. Registamos a manutenção dos postos de trabalho, das lojas a laborar e estamos otimistas", referiu.
Segundo Nuno Lopes, é importante que os empresários continuem a fazer chegar todas as suas preocupações e necessidades, para que depois a associação as possa fazer chegar às confederações e ao Governo.
"Isto para que as medidas de apoio sejam de acordo com necessidades reais e não como medidas avulsas sem grandes consequências", concluiu.
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