De acordo com a REN - Redes Energéticas Nacionais, dos 59% do consumo de eletricidade abastecido por produção de energia de fontes renováveis no ano passado, 26% correspondem a energia eólica, 27% a hidroelétrica, 7% a biomassa e 3,5% a fotovoltaica.
No caso da energia solar fotovoltaica, ainda que tenha continuado a ser a menos significativa no conjunto das renováveis, a REN destacou o seu crescimento acentuado (37%) face ao ano anterior.
Já quanto aos 31% do consumo de eletricidade abastecidos por produção de energia não renovável em 2021, 29% dizem respeito a carvão, com a última central encerrada no final de novembro (Pego, em Abrantes) a representar menos de 2%.
Os restantes 10% correspondem a importação.
Em 2021, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,93 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica 1,01 (média histórica igual a 1).
Quanto ao consumo de eletricidade no ano passado, registou-se um crescimento de 1,4%, ou 1,7% com correção de temperatura e dias úteis, mas ficou ainda a 1,7% do valor registado em 2019.
Já o consumo total de gás natural registou, no período em análise, uma variação negativa de 4,6%, face ao período homólogo, que resultou de quedas de 1,5% no segmento convencional e de cerca de 10% no segmento de produção de energia elétrica.
Quando comparado com 2019, o consumo de gás natural registou uma queda de 6%.
No mês de dezembro, o consumo de energia elétrica caiu 1%, face ao mesmo mês de 2020, que se acentua para 1,8% considerando os efeitos da temperatura e número de dias úteis.
Naquele mês, explicou a REN, as condições mantiveram-se muito negativas para a produção hidroelétrica, com o índice de produtibilidade respetivo a não ultrapassar os 0,42 (média histórica igual a 1), ao contrário da produção eólica que registou um índice particularmente elevado, com 1,37 (média histórica igual a 1).
A produção renovável abasteceu 66% do consumo em dezembro, a não renovável abasteceu 26%, enquanto os restantes 8% corresponderam a energia importada.
Já no mercado de gás natural, manteve-se em dezembro a tendência verificada nos últimos meses, ainda condicionada pelas condições atuais do mercado, com o segmento convencional a registar uma contração homóloga de 18%, enquanto o consumo global caiu apenas 1% devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica que registou um crescimento homólogo de 50%, quase compensando a redução do segmento convencional.
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