"Hoje, o conselho de administração do FMI completou a quarta revisão do Instrumento de Políticas Coordenadas e a primeira revisão do Instrumento de Financiamento Rápido; a finalização destas revisões permite o desembolso de 180 milhões de dólares [158 milhões de euros], elevando o total dos desembolsos para 360 milhões de dólares [317 milhões de euros]", lê-se num comunicado divulgado pela instituição financeira.
O programa de ajustamento foi aprovado há um ano, e está assente em três pilares: obtenção de crescimento inclusivo e liderado pelo setor privado, consolidação da estabilidade macroeconómica através de uma política orçamental e dívida prudente, e gestão de forma transparente e sustentável das receitas do petróleo e gás, explica o FMI.
"As autoridades estão a cumprir os seus compromissos relativamente à transparência da despesa relacionada com a pandemia de covid-19 e publicaram os relatórios de execução detalhada do orçamento, bem como uma auditoria especial ao fundo para a covid-19", acrescenta-se no comunicado.
No mesmo dia, o FMI anunciou também que concluiu a análise atual à economia do país, ao abrigo do Artigo IV, na qual reviu em alta o crescimento económico em 2021, de 3,5% para 5%, e perspetiva "a continuação da recuperação em 2022 e em diante, com um aumento temporário proveniente da produção de petróleo e gás em 2023 e 2024".
A dívida pública do país, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, deverá chegar a 73% do PIB em 2021 para depois descer para menos de 60%, com o défice orçamental do ano passado a ficar nos 6,3%.
"A pandemia de covid19 interrompeu uma década de crescimento elevado e progressos no desenvolvimento do Senegal, causando muitas dificuldades a muita gente, apesar de o impacto na economia ter sido mitigado pela resposta decisiva das autoridades; a economia do Senegal está bem encaminhada para uma recuperação robusta", disse o dirigente do FMI Kenji Okamura, citado no comunicado.
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