O ex-ministro das finanças português, que falava durante uma intervenção na edição de 2022 da conferência anual do Banco Europeu de Investimento (BEI), organizada em cooperação com a Universidade de Columbia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o SUERF (Fórum Monetário e Financeiro Europeu), destacou que o aumento das dívidas a nível global foi inédito em 2020, mas a resposta dada contribuiu para a estabilização.
Vítor Gaspar salientou que o aumento da dívida em 2020 foi comum à dívida das famílias, dívida corporativa não financeira e dívida pública, "enquanto na crise financeira global a dinâmica foi totalmente dominada pela dívida pública".
O responsável do FMI explicou ainda que o rácio da dívida pública face ao PIB deverá diminuir, ainda que de forma muito gradual no médio prazo na Europa, nomeadamente na Alemanha, França e Itália.
A conferência, que decorreu em formato híbrido presencial e 'online', contou também, entre outros, com as intervenções do presidente do BEI, Werner Hoyer, do vice-presidente, Ricardo Mourinho Félix, da economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, e do diretor-geral do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
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