Wall Street fecha semana sem rumo com a banca quase em terreno negativo

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo definido, com os valores tecnológicos a recuperarem e os bancários a arrastarem o índice seletivo Dow Jones Industrial Average para terreno negativo, depois da divulgação de vários resultados.

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Lusa
14/01/2022 23:23 ‧ 14/01/2022 por Lusa

Economia

Mercado

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones recuou 0,56%, para os 35.911,81 pontos.

Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,59%, para as 14.893,75 unidades, e o S&P500 estagnou, com um avanço de 0,08%, para as 4.662,85.

A sessão começou logo mal, com uma série de estatísticas macroeconómicas dececionantes, desde logo as relativas às vendas retalhistas em dezembro.

Enquanto os economistas esperavam um recuo mínimo (0,1%) em relação a novembro, as estatísticas indicaram uma diminuição de 1,9%.

A esta estatística juntou-se o recuo em 0,1% da produção industrial, sempre em dezembro, quando era esperado um avanço de 0,2%.

Última notícia negativa, o índice de confiança dos consumidores degradou-se em janeiro, para 68,8 pontos dos 70,6 de dezembro, segundo o inquérito da Universidade do Michigan, abaixo dos 70 pontos esperados pelos analistas.

As vendas retalhistas "bem como as publicações e previsões dececionantes dos grandes bancos pesaram sobre o mercado, comentou Brian Prince, responsável pelo investimento na Commonwealth Financial Network.

A maior parte dos bancos que publicaram os seus resultados na sexta-feira divulgaram números melhores do que esperado, mas uma ligeira diminuição no final do ano e algumas previsões prudentes desagradaram.

"A expectativa estava muito elevada, depois do desempenho do setor nas últimas semanas", recordou Angelo Kourkafas, especialista em investimentos na sociedade Edward Jones.

Favorecidas pela subida dos rendimentos obrigacionistas, que deixam prever uma melhoria das suas margens, as ações dos bancos tinham feito um belo percurso nos primeiros dias de 2022.

Os investidores também ficaram perturbados, na sua opinião, com o anúncio de um possível aumentos dos custos este ano, em particular os relativos a salários, em consequência das pressões inflacionistas na economia norte-americana,

"É qualquer coisa que se tem de acompanhar" nos outros setores, à medida da publicação dos resultados, avisou Angelo Kourkafas.

A inflação permanece uma preocupação relevante, reforçou Brian Price, para quem os maus números macroeconómicos do dia "não vão mudar a opinião da Fed", a Reserva Federal, banco central dos EUA.

Vários membros do comité de política monetária da Fed têm mencionado, nos últimos dias, próximas subidas das taxas de juro e os investidores apostam mais do que nunca em que a primeira vai acontecer em março.

Durante toda a sessão, o Dow Jones ficou em terreno negativo por influência dos bancos, como o Goldman Sachs (-2,52%) e o JPMorgan Chase (-6,15%), que divulgou um volume de negócios trimestral inferior às expectativas.

Este banco também preveniu que pode falhar um objetivo importante de rentabilidade de curto prazo.

Castigado foi também o Citigroup, que perdeu 1,25%, apesar de ter apresentado volume de negócios e lucros acima do previsto.

Mas os investidores privilegiaram a informação sobre a baixa dos ganhos do banco de retalho e das atividades de mercado.

Apenas o Wells Fargo saiu em alta, com um ganho de 3,68%, depois de apresentar um lucro anual d 13%, bem acima do se previa.

A explicação para a surpresa é dada por resultados extraordinários, ligados à venda de duas entidades, que doparam os lucros em quase mil milhões de dólares.

Já a gestora de ativos BlackRock recuou 2,19%, depois de ter falhado a previsão de ganhos feitas pelos analistas. A sua carteira de investimentos aumentou 15%, em termos anuais, e superou o limiar dos 10 biliões (milhão de milhões) de dólares (8,8 biliões de euros).

Leia Também: Wall Street segue sem tendência definida após resultados de bancos

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