Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida (PSD/MPT), disse que a candidatura no âmbito das Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração, do PRR, ficou classificada em primeiro lugar a nível nacional e é a que tem o maior valor de investimento elegível e a conceder.
"A nossa candidatura tem o valor de 20.054.955,31 euros elegíveis a 100% e no âmbito do país é a de maior montante e ficámos classificados em primeiro lugar com 82 pontos possíveis em 100", disse o autarca.
Além disso, segundo Jorge Almeida, a candidatura de Águeda foi também a única que abrangeu as cinco tipologias de investimento a nível nacional.
Mais de metade do investimento (17 milhões de euros) será dirigida para a instalação de um sistema de produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo e para a construção de uma subestação 60/15 kV, que visa a mitigação dos constrangimentos existentes e a resolução de falhas de estabilidade e qualidade de fornecimento de energia elétrica.
Os restantes três milhões de euros serão investidos na implementação de postos de carregamento elétrico de veículos ligeiros e pesados, melhoria da cobertura em termos de comunicações com 5G e criação de um sistema integrado de gestão contra incêndios com a criação de uma equipa de prevenção e primeira intervenção.
De acordo com um comunicado da autarquia, o desenvolvimento da candidatura implicou o envolvimento das empresas do PEC, sendo que assinaram acordos de parceria para a implementação das soluções preconizadas, cerca de 21 das 25 empresas existentes.
"Cumulativamente, e tendo em conta o conteúdo associado às questões das energia e eficiência energética, o Lighting Living Lab (incluindo a Universidade de Aveiro, através da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda) associou-se a esta iniciativa, com vista à criação da futura Comunidade de Energia Renovável (CER) do PEC-Águeda", refere a mesma nota.
O presidente da Câmara de Águeda destacou que com a implementação destas soluções, o PEC-Águeda apresentará condições para a atração de investimento dificilmente comparáveis na região centro e no país, sobretudo no que se refere aos grandes consumidores de energia elétrica ou para empresas com elevado conteúdo tecnológico.
"Eu diria que vai ser difícil encontrar uma AAE dotada com este tipo de infraestruturas todas no mesmo local", afirmou.
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