A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) alerta que o acesso à nova tecnologia 5G pode representar um custo adicional para os clientes, numa altura em que a rede ainda não cobre todo o país.
"A quinta geração móvel (5G) já chegou a Portugal e promete maior velocidade e capacidade de rede. A rede instalada ainda é muito limitada e não cobre todo o país, mas o acesso à tecnologia pode representar um custo adicional de cinco euros por mês para os consumidores", diz a associação numa nota publicada no seu site.
A DECO recorda que as operadoras de telecomunicações disponibilizaram o acesso ao 5G aos seus clientes no final do ano passado. "A NOS, a Vodafone e a MEO ofereceram acesso sem custos adicionais à tecnologia até ao dia 31 de janeiro de 2022 para todos os seus tarifários", adianta a associação.
"Contudo, depois dessa data, na maioria dos casos, os consumidores terão de passar a pagar cinco euros por mês se quiserem manter o acesso ao 5G", lembra a associação.
Ainda assim, o ECO noticiou, na segunda-feira, que a Meo, a Nos e a Vodafone decidiram manter o 5G aberto a todos os clientes até ao dia 31 de março.
A DECO não concorda com esta cobrança, uma vez que o acesso ao 5G ainda tem limitações:
"Por ser tão recente, e ter ainda pouca cobertura no território nacional, não compreendemos o custo adicional aplicado pelos operadores de telecomunicações em alguns tarifários para a utilização da tecnologia 5G, sobretudo nos pacotes com menos de 10 GB de internet", pode ler-se.
Os consumidores serão obrigados a mudar para o 5G?
Segundo a DECO, as redes 4G, 3G e 2G continuarão a funcionar em simultâneo com a rede 5G, o que significa que os consumidores não serão obrigados a usar a nova tecnologia.
"A maioria dos telemóveis liga-se automaticamente à rede que oferece o melhor desempenho no local onde se encontra, escolhendo entre as redes compatíveis com o equipamento", adianta a associação.
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