Os líderes daqueles partidos revelaram, em Berlim, que as medidas incluem redução de impostos e a concessão de ajudas às famílias mais desfavorecidas e vão ter um custo orçamental de 13,6 mil milhões de euros.
A co-líder do Partido Social-Democrata, Saskia Esken, apontou que a decisão demonstra que a coligação tem "capacidade de agir" para reagir a situações de instabilidade, como a atual subida generalizada dos preços da energia.
Avançou que um imposto sobre o consumo doméstico, destinado a financiar o desenvolvimento das energias renováveis, vai ser retirado em 10 de julho e não em 2023, como a coligação tinha acordado.
Recordou também que, tal como o governo já anunciou, as famílias com menos recursos vão receber um cheque para compensar a subida do preço do aquecimento das casas, com uma importância entre 115 e 175 euros, mais um extra por cada filho.
A co-presidente dos Verdes, Rigarda Lang, pela sua parte, assinalou que a subida de preços está a afetar "duramente" muitas pessoas e realçou que a situação em torno da Ucrânia "agudiza ainda mais" o problema.
Lang explicou que é preciso reduzir a "dependência" do gás russo e qualificou a situação atual como de "inflação fóssil", da qual só se pode sair através das energias renováveis.
De entre o pacote de medidas anunciado pelos dirigentes dos três partidos, a líder verde destacou uma ajuda extra de20 euros mensais para cada criança que viva abaixo do limiar da pobreza, enquanto as pessoas que estejam a receber ajudas sociais vão receber um pagamento único de 100 euros.
Por fim, o presidente do Partido Liberal e ministro das Finanças, Christian Lindner, apresentou algumas das medidas de alívio fiscal que a coligação decidiu, para "atualizar o sistema".
Assim, vai ser aumentado em 200 euros o limite dos montantes que os assalariados podem deduzir das respetivas declarações fiscais e em 300 o patamar mínimo isento de contribuições, o que representa uma perda de receita fiscal de quatro mil milhões de euros.
Há mais medidas, que cobrem por exemplo pessoas que "não pagam impostos, mas também sofrem", disse Lindner.
O custo total das ajudas públicas não está quantificado exatamente, mas deve exceder os sete mil milhões de euros, a que se somam os 6,6 mil milhões que se vão deixar de receber.
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