"Vai haver um impacto importante no preço do trigo e do pão", declarou a dirigente da OMC, durante uma teleconferência organizada pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Institute of International Economic Law.
Isto é "parte das consequências económicas", sublinhou, avançando que "a Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais".
A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, que também participou no evento, realçou que o impacto económico "vai além da Ucrânia, por três razões".
Especificou que as consequências das sanções impostas pelos ocidentais à Federação Russa, que vêm somar-se ao impacto económico do próprio conflito, "vão traduzir-se principalmente pela (subida dos preços da) energia, bem como pela dos cereais, o que se acrescenta à que tem sido uma preocupação crescente, a inflação, e como a contrariar".
Depois, "em segundo lugar, há implicações para o funcionamento do sistema financeiro de cada vez que há incerteza, e lembremo-nos de que os eventos na Ucrânia seguiram-se a uma grande incerteza na economia internacional", acrescentou.
Esta incerteza, sublinhou a dirigente do FMI, "tem um impacto na confiança nos mercados emergentes e assiste-se também à saída de fundos destes mercados, quando o que se precisa é exatamente o contrário, que tenham mais financiamento".
Por fim, apontou as consequências, a determinar ainda, nos países vizinhos, "porque parte da Ásia central, o Cáucaso, a Moldávia, estão economicamente ligados".
A dirigente do FMI já tinha, na quinta-feira, alertado para "um importante risco económico para a região e o mundo".
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