O resultado compensou o colapso do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, quando a economia brasileira caiu 3,9%, registando o maior recuo em 24 anos, após a indústria e o comércio terem ficado paralisados por vários meses devido às restrições impostas para conter a propagação do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.
Os dados do órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro indicam que o PIB aumentou em 2021 face a 2020, impulsionado principalmente pela recuperação do setor de serviços, que cresceu 4,7% na comparação ano a ano, e da indústria (4,5%), que juntos representam 90% da produção de riqueza no país.
O setor agropecuário, que iniciou o ano com resultados positivos devido aos elevados preços das matérias-primas, encerrou 2021 com queda de 0,2%.
O PIB totalizou 8,7 biliões de reais (1,5 biliões de euros) em 2021.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a economia brasileira cresceu 1,6% face ao mesmo período de 2020.
Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado houve um crescimento de 0,5%, dado que retirou o Brasil da condição de recessão técnica em que estava desde setembro, após registar dois trimestres consecutivos de retração económica.
Em 2021 o consumo das famílias brasileiras avançou 3,6% e o consumo do Governo subiu 2%. No ano anterior, esses componentes haviam recuado 5,4% e 4,5%, respetivamente.
Em relação ao PIB per capita, o IBGE indicou que teve um avanço de 3,9% no ano passado em relação a 2020 em termos reais, ou seja com a inflação já descontada, chegando a 40.688 reais por ano (7,355 euros).
Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram 17,2%, favorecidos pelo setor de construção, que no ano anterior teve uma queda, e pela produção interna de bens de capital.
A taxa de investimento no Brasil subiu de 16,6% para 19,2% em um ano. Já a taxa de poupança foi de 17,4% face à medida de 14,7% registada em 2020.
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