O 'rating' da Ucrânia passou de B3 para Caa2, ou seja, a Moody's considera que o risco de crédito é muito elevado.
"A degradação de dois níveis nos 'ratings' da Ucrânia e a decisão de manter as notações sob vigilância para novo corte foram desencadeados pela escalada da invasão militar russa" no país, justifica a Moody's.
A agência de 'rating' sublinha que a invasão põe em risco a capacidade da Ucrânia de pagar a dívida. Além disso, a invasão tem um sério "impacto" na força económica e orçamental de Kyiv "devido ao dano considerável à sua capacidade produtiva".
A Moody's acredita ainda que o próximo apoio financeiro internacional "não será suficiente para compensar totalmente os riscos de liquidez" e os requisitos financeiros para pagar a dívida devido ao custo causado pela invasão.
Isto, sem falar do custo humano e do risco de perturbar o funcionamento das instituições existentes.
A agência de classificação de risco Fitch cortou o 'rating' da dívida de longo prazo da Ucrânia em um nível.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kyiv contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo
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