Guerra pode aumentar em 30% a fatura energética em 2022

A invasão russa da Ucrânia impulsionará os preços da energia na Europa, segundo um estudo da empresa Euler Hermes, do grupo Allianz, que espera um aumento de pelo menos 30% na fatura energética em 2022.

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Lusa
07/03/2022 15:29 ‧ 07/03/2022 por Lusa

Economia

Estudo

 

Esse aumento vai afetar sobretudo famílias com baixos rendimentos no Reino Unido e Alemanha, de acordo com a mesma análise citada pela agência EFE.

O estudo sobre o custo energético da guerra para as casas europeias calcula que a conta de energia por lar em 2022 seja de 3.400 euros na Alemanha, mais de 3.000 euros no Reino Unido, 2.800 euros em França e pouco menos de 2.000 euros em Itália e Espanha.

Em comparação com a situação antes da guerra, isto representa para o consumidor médio uma perda adicional de rendimento disponível de dois pontos percentuais no Reino Unido, 1,5 pontos percentuais na Alemanha e um ponto percentual em França, Itália e Espanha.

O estudo estabelece vários cenários e no pior, em que o fornecimento é cortado parcialmente e os preços sobem 70% (calculando que a probabilidade de isso acontecer é de 20%), o rendimento disponível teria uma redução de 2,5 pontos percentuais adicionais.

O mesmo relatório indica que se não forem adotadas novas medidas de apoio estatal, a diminuição de gastos dos consumidores pode reduzir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,6 pontos percentuais no Reino Unido, 0,5 na Alemanha, 0,4 em França, Itália e Espanha.

No pior dos casos, o recuo do PIB por menos gastos dos consumidores pode chegar a 1,1 pontos percentuais.

Em relação às medidas de apoio estatal que deveriam ser adotadas, o estudo estima que seja necessário um apoio adicional de 20.000 milhões de euros na Alemanha, 14.000 milhões no Reino Unido, 17.000 milhões em França e cerca de 10.000 em Itália e Espanha.

No cenário mais pessimista, o apoio adicional necessário pode alcançar 75.000 milhões de euros na Alemanha e 50.000 milhões de euros no Reino Unido e França.

Leia Também: Rússia rejeita Chernobyl como local para discutir segurança nuclear

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