O Ministério das Finanças disse que este era o "último recurso" para o país, com pouca divisa estrangeira, para importar bens essenciais.
Os credores, incluindo os governos estrangeiros que emprestaram à nação do sul da Ásia, são livres de capitalizar os pagamentos que lhes eram devidos a partir desta tarde ou optar pelo reembolso em rupias do Sri Lanka, acrescentou.
"O Governo está a tomar esta medida de emergência apenas como último recurso para evitar uma maior deterioração da situação financeira da república", de acordo com um comunicado.
O Ministério cingalês acrescentou que o incumprimento imediato da dívida era para assegurar "um tratamento justo e equitativo de todos os credores", antes de ser posto em prática um programa de recuperação, com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país tem sofrido graves carências de alimentos, combustível e eletricidade, bem como uma taxa de inflação elevada, o que levou a protestos antigovernamentais generalizados durante várias semanas.
No ano passado, as agências internacionais de notação baixaram a classificação de crédito do Sri Lanka, impedindo o país de aceder aos mercados de capitais estrangeiros para empréstimos destinados a financiar a importação de alimentos, combustíveis e medicamentos.
O Sri Lanka procurou alívio da dívida da Índia e da China, mas ambos os países ofereceram mais linhas de crédito para a compra de mercadorias a estes países.
Milhares de pessoas manifestaram-se junto ao gabinete do Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, em Colombo, para exigir a demissão, na sequência da pior crise económica do país desde a independência em 1948.
Leia Também: Sri Lanka. Manifestação contra presidente vai no segundo dia consecutivo