As reuniões decorrem na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, que com a orgânica do novo Governo passou a integrar a Secretaria de Estado da Administração Pública, entregue a Inês Ramires.
Da ordem de trabalhos constam a apresentação da nova equipa governamental e a audição dos sindicatos quanto às matérias negociais a priorizar, disseram à Lusa dirigentes sindicais.
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), que é o primeiro a ser recebido de manhã, aponta como prioridades "a revisão da Tabela Remuneratória Única e aumentos salariais que acompanhem a inflação prevista ou, pelo menos, os 3%" propostos no caderno reivindicativo, disse Helena Rodrigues.
O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, defende como pontos centrais da negociação com o Governo "os vínculos, carreiras e remunerações e a avaliação de desempenho" e "a questão da perda de poder de compra" numa altura em que se regista um aumento geral dos preços.
José Abraão disse esperar que também o Governo "diga quais são as suas prioridades para a administração pública" e que seja traçado um calendário negocial com compromissos anuais ou plurianuais.
"Temos a noção de que há prioridades resultantes da guerra na Ucrânia, que valorizamos, mas o que é facto é que o programa do governo contém medidas para aumentar em cerca de 20% o salário médio do país em quatro anos e meio, mas é importante que se saiba qual o esforço que, em cada ano, o Governo vai fazer", afirmou Abraão.
Também as matérias que ficaram por tratar na anterior legislatura, como a valorização dos assistentes técnicos e operacionais e dos técnicos superiores, serão assinalados pelos sindicatos na reunião com Mariana Vieira da Silva.
A Frente Comum será recebida da parte da tarde na Presidência do Conselho de Ministros, depois de realizar, pela manhã, uma concentração em frente à Residência Oficial do primeiro-ministro, António Costa, com o objetivo de entregar o seu caderno reivindicativo.
O líder da Frente Comum, Sebastião Santana, indicou que no documento a estrutura mantém a exigência de um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores.
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