"Está a cumprir melhor do que estava previsto no plano de restruturação e isso é um sinal de que o plano está a ser cumprido e estamos no caminho certo para que a empresa possa ser uma empresa viável e possa continuar a servir a economia nacional", afirmou Pedro Nuno Santos, à margem da cerimónia de assinatura de acordos e o município do Porto e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
Aos jornalistas, o ministro afirmou que os resultados da companhia aérea portuguesa estão a ser "melhores do que previsto", o que indica que "tudo vai correr como está planeado", referindo-se ao plano de restruturação.
"Não vai haver nenhum problema, antes pelo contrário, [a TAP] passará a ser um ativo importante que contribui para a economia nacional", salientou Pedro Nuno Santos, que aos jornalistas falou na presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
"Contribui para o país todo", acrescentou.
Questionado sobre a contratação de 250 tripulantes, anunciada pela empresa, o ministro afirmou que, apesar de a TAP ser uma empresa com "capitais públicos", é uma empresa com uma administração "que toma decisões de gestão que devem ser respeitadas no quadro da sua autonomia".
"Um ministro é um ministro. Um político é um político. Um administrador é um administrador. Temos de uma vez por todas perceber o que é uma decisão de política e uma decisão de gestão e eu sobre as decisões de gestão não falo, não sou a pessoa mais indicada para o fazer", disse.
Também questionado sobre a injeção de dinheiros públicos na companhia aérea, o ministro disse que se o plano de restruturação for cumprido, "como os resultados provam", a TAP "em pouco tempo será uma empresa que dá lucro".
A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou na segunda-feira a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na informação, a transportadora aérea nacional explica que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões - por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil - que tiveram impacto nos resultados.
A empresa diz ainda que as receitas operacionais atingiram os 1.388,5 milhões de euros, um aumento de 328,4 milhões (+31,0%) em comparação com as receitas operacionais de 2020.
Num comunicado de imprensa entretanto divulgado, a empresa aponta uma "recuperação significativa do EBITDA recorrente no segundo semestre de 2021, anulando as perdas operacionais registadas durante o primeiro semestre, permitindo que o ano de 2021 fosse encerrado com um EBITDA recorrente positivo de 11,7 milhões de euros".
Em termos de liquidez, tal como no ano anterior, em 2021 a TAP refere que continuou a concentrar-se nas suas medidas de proteção de liquidez, "beneficiando dos aumentos de capital de maio e dezembro de 2021 de EUR 462 milhões e EUR 536 milhões, respetivamente (no contexto da Compensação de Danos da COVID-19 e do Auxílio à Reestruturação)".
Acrescenta ainda que terminou o ano com 812,6 milhões de euros em caixa (+57% do que no início do ano).
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