O funcionamento deste gasoduto foi bloqueado pela Alemanha, mesmo antes da invasão da Ucrânia pela Federação Russa.
Através de um comunicado divulgado na rede social Telegram, informou-se que "devido ao facto de o gasoduto marinho Nord Stream 2 não estar a funcionar (...), a Gazprom decidiu utilizar a capacidade adicional de transporte terrestre do gás do projeto para o desenvolvimento do fornecimento de gás às regiões do noroeste da Federação Rússia".
Realçou que, se a Alemanha decidir em alguma altura desbloquear o início do gasoduto, "apenas se pode colocar em funcionamento uma linha com uma carga de 100%".
Significa isto que só seria usada metade da capacidade total do Nord Stream 2, calculada em 55 mil milhões de metros cúbicos anuais.
Para mais, a Gazprom adiantou que a colocação da segunda linha em funcionamento só poderia ocorrer em 2028.
A Federação Russa encheu a primeira linha do gasoduto em outubro de 2021, ao mesmo tempo que prosseguiu o processo para receber a autorização para avançar com a infraestrutura.
Mas o regulador energético alemão suspendeu em novembro o processo de certificação do gasoduto e solicitou que a Nord Stream 2 AG, sedeada na Suíça, a criação de uma filial sob direito alemão para gerir o troço do gasoduto na Alemanha, o que se fez com a criação, janeiro de 20220, da Gas for Europe, sedeada em Scherin, no norte da Alemanha.
Porém, em 22 de fevereiro, dois antes de Putin decidir a invasão da Ucrânia, o projeto, avaliado em 11 mil milhões de dólares, foi suspenso pelo chanceler alemão, Olaf Scholz.
O reconhecimento da independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no sudeste ucraniano, pelos dirigentes de Moscovo, inviabilizou a entrada em funcionamento do gasoduto.
E em 01 de março a Nord Stream AG declarou falência.
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