A decisão foi tomada numa reunião da União Nacional dos Empregados do Banco Central (Sinal), cujo presidente, Fábio Faiad, descreveu como "lamentável" o "silêncio" da própria instituição e do Governo de Jair Bolsonaro face às reivindicações salariais dos funcionários públicos.
"Até agora, não foi marcada nenhuma reunião, nem com o Governo nem com as autoridades do Banco Central, apesar dos pedidos de negociações que foram feitos desde o início deste ano", disse o dirigente sindical aos jornalistas.
As greves escalonadas dos funcionários do Banco Central desde 01 de Abril afetaram a divulgação de alguns dos indicadores económicos do Brasil e refletem o mal-estar causado pelas políticas salariais do Governo para o setor público.
Os conflitos sindicais aumentaram desde dezembro passado, quando Bolsonaro anunciou um aumento salarial para os agentes da Polícia Federal.
Este anúncio suscitou reações de vários sindicatos de funcionários públicos, que desde então têm protestado contra a "preferência" dada pela Bolsonaro à Polícia Federal, que na semana passada também iniciou uma série de greves escalonadas, porque até à data o aumento prometido não se concretizou.
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