Os aumentos previstos das despesas domésticas estão a colocar uma pressão adicional sobre as famílias portuguesas, que já se encontravam sobrecarregadas devido ao impacto da pandemia. A conclusão é do estudo European Consumer Payment Report – ECPR, da Intrum, divulgado a propósito do Dia Internacional da Família, que se assinalou no domingo.
Segundo o estudo, 65% dos pais inquiridos afirmou que a preocupação com o aumento das despesas está a ter um efeito negativo no seu bem-estar geral. Esta é uma percentagem superior à verificada nos agregados familiares sem filhos (59%).
"Esta é a ponta do iceberg quando se trata da discrepância", revela a Intrum, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Mais de metade dos pais inquiridos (54%) revelaram que as suas contas estão a aumentar mais rapidamente do que os seus rendimentos e 35% afirma ainda que precisam de pedir condições de pagamento mais alargadas, para manter o equilíbrio financeiro e honrar os seus compromissos. Nos casais sem filhos este valor fica-se pelos 25%.
O estudo da Intrum revela ainda que "os pais se sentem pressionados a gastar dinheiro que não têm com os seus filhos".
Isto explica que "em Portugal, 66% das famílias com filhos já pediram dinheiro emprestado ou utilizaram o seu cartão de crédito para o fazer. A média europeia é de 64%", pode ler-se no mesmo comunicado.
Leia Também: Standard & Poor's. Acordo com FMI melhorará financiamento de Moçambique