A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, pediu ainda a anulação de taxas restritivas ao comércio.
FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%, de acordo com o relatório divulgado em janeiro, antes do início da guerra na Ucrânia.
"O crescimento global é estimado em 5,9% em 2021 e deverá moderar para 4,4% em 2022, meio ponto percentual abaixo do que nas Previsões Económicas Mundiais de outubro de 2021", podia ler-se na atualização publicada pelo FMI.
Segundo a instituição, a revisão refletia o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país.
"O impacto negativo deverá desaparecer a partir do segundo trimestre, assumindo que o aumento global de infeções por Ómicron diminui e o vírus não sofre mutações para novas variantes que exigem mais restrições de mobilidade", explicava o FMI.
De acordo com a instituição presidida por Kristalina Georgieva, o corte da estimativa é amplamente afetado pela revisão em baixa das projeções para as duas maiores economias mundiais.
O FMI previa que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos crescesse 4% este ano, menos 1,2 pp. do que no relatório de outubro, e o da China avançasse 4,8%, menos 0,8 pp. do que previa anteriormente.
O FMI estimava ainda que o crescimento da economia mundial pudesse continuar a desacelerar em 2023 para 3,8%, contudo 0,2 pp. acima do que estimava anteriormente, mas um resultado sobretudo "mecânico".
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