PRR. DST e Efacec com cerca de 1% do total investimento dos consórcios

O Ministério da Economia disse hoje que a DST e a Efacec contam com pouco mais de 1% do total do investimento dos consórcios pré-selecionados para o processo negocial, no âmbito das candidaturas às Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes.

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Lusa
13/07/2022 10:07 ‧ 13/07/2022 por Lusa

Economia

Governo

Em comunicado, o ministério tutelado por António Costa Silva refere que, "no âmbito das candidaturas às Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], os dados de todos os investimentos propostos por todas as empresas e entidades são públicos, estando acessíveis de forma discriminada no 'site' do IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação]".

O grupo DST, que comprou a Efacec, lidera dois consórcios - as Agendas "NGS - New Generarion Storage" e "R2UTechnologies - modular systems", adianta o Ministério da Economia e Mar no esclarecimento hoje divulgado.

"No entanto, o grupo DST é responsável por 91 milhões de euros, o que representa apenas 1,2% do total de investimento de cerca de 7,6 mil milhões de euros proposto pelos 51 consórcios pré-selecionados para o processo negocial", esclarece o ministério.

Já a Efacec lidera dois consórcios "com um total de 130 entidades, nomeadamente as Agendas 'Aliança para a Transição Energética' e 'H2DRIVEN Green Agenda'".

O ministério sublinha que, "com o total de investimento destas duas agendas a ultrapassar os 650 milhões de euros, a Efacec é responsável por 85 milhões de euros, o que traduz 1,1% do total de investimento das 51 agendas pré-selecionadas".

Na segunda-feira, a DST tinha esclarecido que o "valor máximo" que poderá receber no âmbito do PRR e das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial ascende a 35,59 milhões de euros.

"Os 1.000 milhões de euros ou mais de 2.000 milhões de euros que a 'DST receberá' na realidade poderão ter como valor máximo 35,59 milhões de euros", referiu a empresa num comunicado enviado à Lusa, numa reação a notícias divulgadas nos últimos dias sobre a afetação daquelas verbas.

De acordo com o jornal Nascer do SOL, o grupo DST estaria "elegível para receber mais de 2.000 milhões de euros do PRR, o equivalente a mais de 24% da verba prevista no programa para apoio às empresas", num total "distribuído entre as várias subsidiárias do grupo e por vários programas".

"Ao que o Nascer do SOL apurou na agenda mobilizadora, os projetos liderados por empresas do grupo bracarense correspondem a 454.307.486,31 euros. Um valor a que acresce, se acumularmos com o projeto onde a Savannah participa, 1.368.466.526,76 euros. Já no caso da Agenda Verde, os incentivos são de 650.467.276,55 euros, o que corresponde a 25,66% do total dos projetos apresentados nesse âmbito", noticiou o jornal.

Já o ECO referiu que este facto levou a também construtora bracarense Casais a apresentar uma reclamação dos resultados da segunda fase do concurso das chamadas Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, na qual foi excluído o seu projeto de investimento de 47 milhões de euros na área da construção industrial sustentável.

O grupo DST clarificou, no início da semana, que é líder de duas agendas que envolvem 105 entidades, das quais 42 do sistema científico e 63 empresas das quais 30 são PME [pequenas e médias empresas].

O investimento total do conjunto das empresas e do sistema científico nestas duas agendas "é de 454,1 milhões de euros", referiu, acrescentando que "o investimento nestas duas agendas do conjunto das empresas do grupo DST é de 101,7 milhões de euros".

Já "em relação ao valor total aprovado para todas as empresas de todos os outros grupos empresariais, no valor de 7.572.317 milhões de euros, o valor que corresponde às empresas do universo DST representa 1,34%".

A DST precisou que do investimento de 101,7 milhões de euros das empresas do grupo nas duas agendas espera-se "que o incentivo possa vir a ser de 35%", o que significa que terá "como valor máximo 35,59 milhões de euros".

Relativamente às agendas lideradas pela Efacec, a DST sustentou que "a submissão das mesmas é da responsabilidade da sua atual administração e dos seus atuais acionistas, a saber Parpública e MGI".

Na notícia publicada na passada sexta-feira, o ECO avança que, no requerimento dirigido à Comissão de Coordenação das Agendas (CCA) para reapreciação da proposta de não-elegibilidade do seu projeto de investimento, a Casais "faz uma referência longa, crítica e explícita aos dois projetos do grupo bracarense DST que acabaram por ser aprovados (R2UTechnologies, 215 milhões de euros; NGS -- New Generation Storage, 239 milhões), a que soma os dois do universo da Efacec (Aliança para a Transição Energética, 342,6 milhões; H2DRIVEN Green Agenda, 307,8 milhões) a que também foi dada 'luz verde'".

Leia Também: Efacec: DST não participa em transação "que configure auxílios de Estado"

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