Lucro da Microsoft cresce 2% para 17 mil milhões mas dececiona analistas

A Microsoft apresentou na terça-feira um lucro relativo ao último trimestre de 16,7 mil milhões de dólares (2,23 por ação), mais dois por cento homólogos, o que dececionou os analistas, que esperavam 2,29 por título.

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Lusa
27/07/2022 07:51 ‧ 27/07/2022 por Lusa

Economia

Microsoft

Este foi uma das raras vezes em que este conglomerado da tecnologia desapontou os analistas, uma vez que, por norma, até costuma superar as expectativas do mercado.

Da mesma forma, o volume de negócios apresentado, de 51,9 mil milhões de dólares, acima do registado no último ano em 12%, ficou aquém dos 52,94 mil milhões esperados pelos analistas, segundo a FactSet.

A empresa atribuiu o seu desempenho abaixo do esperado a "condições macroeconómicas em curso e outros fatores imprevistos", incluindo o encerramento de fábricas na China, a deterioração do mercado de computadores pessoais e a invasão russa da Ucrânia, com esta a provocar a redução das atividades do grupo na Federação Russa.

A empresa já tinha revisto em baixa, no início de junho, as suas estimativas de vendas e lucros, baseada em evoluções "desfavoráveis" no mercado cambial, resultantes da apreciação do dólar.

Uma conjuntura difícil para a venda de computadores -- atribuída às perturbações na cadeia de fornecimentos e à instabilidade geopolítica -- também está a pressionar o negócio dos computadores pessoais da Microsoft, que assenta no rendimento do licenciamento provenientes dos fabricantes que instalam o sistema operativo Windows nos seus produtos.

As vendas destas licenças baixaram dois por cento em relação às homólogas, informou hoje a Microsoft. Esta evolução e uma redução em seis por cento dos conteúdos de jogos relacionados com a Xbox condicionaram o segmento de negócio dos computadores pessoais, que só cresceu dois por cento para 14,4 mil milhões de dólares no trimestre.

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