Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 1,03%, o tecnológico subiu 1,08% e o alargado S&P500 ganhou 1,21%.
"Assistimos a uma clara transição de um mercado que reagia sempre de forma negativa a qualquer informação para um mercado virado para o positivo", garantiu Adam Sarhan, da 50 Park Investment.
As empresas "estão a publicar resultados que não são formidáveis, mas as expectativas são de tal modo más que a reação dos investidores é moderada em termos de negatividade", declarou este analista à AFP.
"Se se acrescentar a isto que a Reserva Federal (Fed) não subiu a taxa de juro de referência em um ponto percentual, mas em três quartos, é um tom positivo para os investidores", acrescentou, sublinhando que Wall Street se inquieta quando o banco central se mostra mais agressivo.
Contudo, o produto interno bruto (PIB) dos EUA diminuiu 0,9% em termos anualizados no segundo trimestre, mais do que os 0,3% que os analistas anteciparam, e se junta à diminuição de 1,6% no primeiro trimestre.
Mas o mercado acionista reagiu com otimismo: "Há uma tendência a pensar que a recessão vai ser moderada", apontou Jack Albin, da Cresset Management.
"Dir-se-ia que a Fed pode ter o caminho aberto no seu combate contra a inflação, sem infligir demasiada dor à economia", disse Albin.
"Mas estou à espera dos próximos números da inflação antes de gritar vitória", relativizou.
Adam Sarhan partilhou este ponto de vista: "Sim, estamos em recessão, mas esta deve ser muito ligeira. E uma ligeira recessão é o melhor cenário possível. Parece que nos encaminhamos para uma aterragem suave".
A Casa Branca, por seu lado, empenhou-se em demonstrar que a economia dos EUA está "resiliente" e minimizou as discussões sobre a definição do conceito recessão.
A secretária do Tesouro, Janet Yellen, contrapôs antes a descrição da economia dos EUA como "uma economia em transição para um crescimento mais estável e duradouro".
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