Novo pacote alemão de 65 mil milhões para ajudar famílias e empresas
O governo alemão apresentou hoje um novo pacote de ajuda às famílias e empresas, perante o aumento do custo de vida e da energia, no valor global de 65 mil milhões de euros.
© Lusa
Economia apoios
Os partidos que integram o governo de coligação na Alemanha chegaram hoje a acordo sobre este terceiro pacote de apoios, apresentado durante uma conferência de imprensa conjunta do chanceler alemão, Olaf Scholz, e dos líderes dos partidos da coligação, nomeadamente Saskia Esken, pelos sociais-democratas, Omid Nouripour, pelos Verdes, e o ministro das Finanças, Christian Lindner, pelos liberais.
Sublinhando que "a Alemanha está unida neste momento difícil, Olaf Scholz disse estar "muito ciente" da luta das famílias e empresas para fazer face à subida dos custos com a energia, repetindo que os alemães não ficarão "nunca sozinhos" perante esta crise energética.
Entre as medidas que integram este novo pacote está a atribuição, de uma única vez, de um cheque-energia cujo valor será de 300 euros para os reformados e de 200 euros para os estudantes.
O plano contempla ainda um "travão" no preço da energia consumida pelas famílias com o objetivo de garantir o acesso a uma quantidade básica de energia a uma tarifa mais baixa.
O governo anunciou ainda que irá desenvolver um sucessor do bilhete de nove euros -- medida anunciada no início de junho, para vigorar por três meses, e que permite viagens ilimitadas nos transportes públicos locais e regionais.
O valor do novo bilhete global para os transportes públicos não foi revelado, mas o acordo divulgado pelo governo de coligação sugere 49 ou 69 euros.
Entre as medidas previstas está ainda o reforço de subsídios para famílias com dependentes atualmente de 219 euros, que aumentará em 18 euros para o primeiro e segundo filhos, a partir de 01 de janeiro de 2023, e por um período de dois anos.
Além disso, prevê-se uma reforma dos apoios à habitação que alargará o universo de abrangidos dos atuais 700 mil para cerca de 2 milhões de pessoas.
A subida do valor dos apoios que abrangem as pessoas de rendimentos mais baixos está igualmente contemplada incluindo, nomeadamente mudanças nas prestações dos desempregados de longa duração.
Os dois primeiros pacotes, que totalizam 30 mil milhões de euros, incluíam, entre outros benefícios para os cidadãos, um desconto em combustível, limitado a três meses, que terminou em agosto, e o já referido bilhete de nove euros.
[Notícia atualizada às 13h47]
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