"A estabilização da perspetiva de evolução é motivada pelo pagamento de todas as obrigações sobre as dívidas por pagar, incluindo o pagamento de juros pelo governo do Mali, a 12 de agosto", lê-se no comunicado que dá conta da mudança da opinião sobre a evolução da economia nos próximos 12 a 18 meses.
Esta operação, acrescentam, "resulta em perdas limitadas para os investidores, e a resolução da situação de incumprimento financeiro ('default') só foi possível depois do levantamento das sanções económicas e financeiras, no seguimento do acordo alcançado a 3 de julho entre o governo militar e a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) relativamente ao regresso a um governo civil".
Por outro lado, a manutenção do 'rating' em Caa2, um dos mais baixos da escala de recomendação de investimento, ou 'lixo', como é geralmente conhecido, "reflete a robustez institucional e de governação muito fraca, que é enfraquecida pelos sucessivos golpes de Estado, que exacerbam os riscos de um regresso eficaz a uma governação civil".
A Moody's antevê o regresso a um crescimento de 4 a 5% nos próximos anos, recuperando da pandemia de covid-19, e um défice orçamental à volta dos 4,1% até 2025, o que fará a dívida pública manter-se perto de 60% nesse período, o que compara com os 52% do PIB registados em 2021, e melhor que a média de 68% registada pelos países com o mesmo 'rating'.
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