Em comunicado, a UGT realça que o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, salários e competitividade assinado no domingo pelo Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, "é um bom ponto de partida pois traz garantias de uma repartição mais justa da riqueza do país e inspira confiança na melhoria progressiva das condições de vida dos trabalhadores".
"A UGT empenhou-se na negociação de um acordo, com o objetivo fundamental de valorizar os salários dos trabalhadores, garantindo um aumento não inferior a 20% do rendimento médio por trabalhador em 2026 e a necessária convergência com as metas da União Europeia", pode ler-se no documento.
A central sindical congratula-se "com a valorização da Concertação Social" e diz-se empenhada, na atual "conjuntura de incerteza", em acompanhar a execução do acordo e em garantir "a sua correta implementação".
No documento, a UGT destaca algumas das medidas previstas, entre as quais uma valorização das remunerações por trabalhador de 5,1% em 2023, de 4,8% em 2024, de 4,7% em 2025 e de 4,6% em 2026, bem como o aumento do salário mínimo, para 760 euros em 2023, atingindo 900 euros em 2026.
"Em quatro anos, o salário mínimo nacional terá um aumento de 27,6%", sublinha a central sindical liderada por Mário Mourão.
A UGT refere ainda o aumento do valor do subsídio de refeição isento de tributação, "quer seja pago em dinheiro ou em cartão, com os limites de 5,20 euros e 8,32 euros respetivamente".
O acordo da Concertação Social, assinado por todos os parceiros no domingo à exceção da CGTP, prevê também o aumento do pagamento do trabalho suplementar a partir das 100 horas anuais, que serão pagas "pelos valores de antes da 'troika'" e com uma redução da taxa de retenção na fonte de IRS em metade, destaca a central sindical.
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