A decisão, após medida semelhante da S&P e da Fitch, foi motivada pelo "aumento da imprevisibilidade" das decisões das autoridades, num momento em que a economia está em 'cheque' e a inflação a subir, explicou a Moody's, em comunicado.
A apresentação de um controverso mini orçamento, em 23 de setembro, seguida da retirada de quase todas as medidas anunciadas e da renúncia de Liz Truss, após apenas seis semanas em Downing Street, "ilustram a crescente polarização e imprevisibilidade do ambiente político do Reino Unido", estimou a Moody's.
Isso poderá "minar os esforços para consolidar o orçamento, num momento em que serão exigidas medidas para reduzir o custo de vida", conclui a agência.
A descida da classificação do país também está ligada ao aumento dos riscos sobre o peso da dívida, entre prováveis novos empréstimos e a persistente inflação.
É igualmente possível que "a erosão da credibilidade das políticas britânicas" conduza a custos de empréstimo mais altos, advertiu a Moody's.
A agência norte-americana manteve o 'rating' da dívida soberana do Reino Unido em Aa3, mas a queda da perspetiva futura sinaliza uma descida também dessa classificação nos próximos 12 a 18 meses para a categoria de emissores sólidos mas passíveis de serem afetados por mudanças na situação económica.
Leia Também: Candidatos à sucessão de Liz Truss precisam do apoio de 100 deputados