"O Comité [FOMC] procura alcançar o pleno emprego e uma inflação próxima de 2% no longo prazo. Para apoiar esses objetivos, o Comité decidiu subir a taxa dos fundos federais para um intervalo entre 3,75% e 4%", anunciou hoje o banco central norte-americano, em comunicado, após o fim da reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).
Este é o sexto aumento desde março e coloca o intervalo da taxa de juro oficial no valor mais elevado desde 2007.
A instituição liderada por Jerome Powell justifica que indicadores recentes apontam para um crescimento modesto na despesa e na produção, sublinhando que a criação de emprego tem sido robusta nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa.
"A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios da oferta e da procura relacionados com a pandemia, com os preços de energia e pressões mais alargadas nos preços", acrescenta.
A Fed assinala ainda que a guerra na Ucrânia está a provocar "enormes" dificuldades humanas e económicas, sublinhando que está a criar uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e a pesar na atividade económica mundial.
Neste sentido, assegura que está "muito atento aos riscos inflacionistas".
Considera, assim, que serão apropriados "aumentos contínuos" nas taxas de juros, de forma a seguir uma política "suficientemente restritiva" para trazer a inflação de volta à meta de 2%.
"O Comité está fortemente empenhado em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%", refere.
A Fed explica que para determinar o ritmo de aumentos futuros irá ter em conta o aperto da política monetária, o impacto para a atividade económica e inflação e a evolução económica e financeira.
O FOMC indica ainda que irá continuar a reduzir os títulos de dívida em balanço, tal como previsto no plano anunciado em maio.
[Notícia atualizada às 18h48]
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