A questão da TAP foi referida pela presidente do CFP em resposta aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, onde esteve a ser ouvida no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
"Não sabemos detalhes do que é que se pretende fazer quer na conclusão do processo de reestruturação da TAP, nem em termos de privatização da empresa, mas é evidente que a situação da TAP nos preocupa", começou por afirmar Nazaré Costa Cabral.
Segundo realçou, a TAP "é uma empresa dita de bandeira" e a questão que neste momento se coloca "é de saber como é que a empresa vai ser vendida, por que preço, em que condições e a quem".
"Penso que são questões que devem começar a preocupar os portugueses, porque a empresa tem um passivo muito grande, é uma empresa que tem dívida financeira e, aliás, alguma dela vai se vencer no próximo ano, portanto é importante ver em que condições essa venda se vai materializar e os impactos que isso possa vir a ter para os contribuintes e para os portugueses", disse Nazaré Costa Cabral.
Questionada sobre o Novo Banco, a presidente do CFP referiu que "há um remanescente do mecanismo de capitalização contingente que ainda pode ser usado, mas é evidente que isso será em função do que seja a situação financeira do banco".
Nazaré Costa Cabral disse não ter, no entanto, informação "de que esse mecanismo volte a ser acionado, muito menos de que o mecanismo adicional possa ser acionado".
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