"Foram decisivos o contributo positivo do EBIT [resultado antes de juros e impostos] (+11,5 milhões de euros) e a melhoria dos resultados financeiros (+5,3 milhões de euros), apesar do aumento nos impostos pagos, especialmente a CESE (+1 milhão de euros)", disse a empresa, na mesma nota.
Numa outra nota publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN detalhou que a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) foi, no período em análise, de 28 milhões de euros, acima dos 27,1 milhões de euros do período homólogo.
Por outro lado, a empresa registou "um aumento do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] de 5,1% (+17,5 milhões de euros), para 360,9 milhões de euros, que resultou sobretudo do crescimento do EBITDA doméstico (+12,5 milhões de euros), reflexo de uma maior remuneração dos ativos e do OPEX (+16,4 milhões de euros)", destacou.
De acordo com o comunicado, "a área internacional teve também reflexo positivo no EBIDTA, especialmente a Electrogas (+3,5 milhões de euros)", explicando que "a afetar negativamente o EBIDTA esteve o aumento dos custos operacionais, nomeadamente os gastos de eletricidade no Terminal de GNL de Sines (+7,9 milhões de euros)".
A empresa recordou que a sua atividade "não compreende a compra ou venda de qualquer tipo de energia, pelo que apenas como consumidora é afetada pelas oscilações de preços dos combustíveis".
Nos primeiros nove meses do ano, o Capex (investimento) da REN "teve uma redução de 11,1% (-15,7 milhões de euros) em comparação com setembro de 2021, atingindo os 126 milhões de euros", destacou a empresa, acrescentando que "as transferências para RAB [base regulada de ativos] aumentaram 2,8 milhões de euros para 83,2 milhões de euros".
A REN revelou que nos primeiros nove meses do ano, "a produção renovável abasteceu 44,4% do consumo de eletricidade, repartida pela eólica (23%), hidroelétrica (9%), biomassa (7%) e fotovoltaica (6%)", sendo que "a produção a gás natural abasteceu 33% do consumo". Por sua vez, "os restantes 22% corresponderam a energia importada".
Segundo o grupo, "até setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,37 (média histórica de 1), o de produtibilidade eólica 0,96 e o de produtibilidade solar 1,10", sendo que "a produção fotovoltaica continua a manter um crescimento significativo, próximos dos 50%, relacionado com o aumento da potência instalada".
A empresa recordou que entre janeiro a setembro, "o consumo de gás natural manteve a tendência do período homólogo (registou uma variação homóloga de -1,2%), resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 38% no segmento de produção de energia elétrica".
[Notícia atualizada às 18h08]
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