As portagens deverão ficar cerca de 5% mais caras no próximo ano, com o travão do Governo, um valor que está abaixo da proposta apresentada pelas concessionárias, que rondava os 10%. O valor é avançado, esta quarta-feira, pelo Jornal de Negócios, sendo que o Notícias ao Minuto já tentou obter mais esclarecimentos junto do Ministério das Infraestruturas e Habitação.
A intenção do Executivo, escreve o mesmo jornal, é definir um limite para o aumento das portagens em 2023 acima dos 2% que foi aplicado às rendas, mas abaixo dos 9% a 10% propostos pelas concessionárias.
Na semana passada, recorde-se, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, adiantou que a solução jurídica para travar o aumento das portagens em 10% no próximo ano, conforme estipulado nos contratos de concessão, seria conhecida nas próximas semanas.
"Sem querer alongar muito, as portagens não vão aumentar nessa dimensão [cerca de 10%], mas, nas próximas semanas, será conhecida a solução legal, jurídica que habilitará o Estado a travar o aumento das portagens, que é uma matéria que nos preocupa, obviamente, também a nós", afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, na Assembleia da República.
O governante lembrou que o primeiro-ministro, António Costa, já garantiu que as portagens não vão aumentar 10% no próximo ano, um valor que decorre da fórmula que consta dos contratos de concessão com o Estado e que tem por base a inflação, que este ano atingiu valores inesperados.
"Estamos a tentar encontrar uma solução que não só proteja as pessoas que circulam, que atravessam portagens, mas também que proteja o Estado português", sublinhou Pedro Nuno Santos.
As atualizações ao preço das portagens para o ano seguinte são propostas ao Governo pelas empresas concessionárias das autoestradas, com base na referida fórmula.
As concessionárias manifestaram-se disponíveis para negociar o valor com o Governo, tendo em conta a crise inflacionista que o país atravessa.
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