Wall Street despede-se em baixa do seu pior ano desde 2008
A bolsa nova-iorquina concluiu esta sexta-feira em pequena baixa o seu pior ano desde 2008, no que respeita ao mercado acionista.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,22%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,11% e o alargado S&P500 recuou 0,25%.
"A última sessão confirmou o que tivemos todo o ano: um mercado bolsista horrível", resumiu Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.
"E, quando se avança para o novo ano, as possibilidades de uma recuperação no primeiro trimestre são provavelmente muito limitadas", acrescentou, com os rendimentos obrigacionistas a subir.
Os dos títulos de dívida pública os EUA a 10 anos estavam em 3,87%.
O ano de 2022 foi o pior de Wall Street desde a crise financeira de 2008, com a queda do mercado a resultar da invasão russa da Ucrânia, que fez subir o custo da energia, da inflação e das subidas da taxa de juro de referência decididas pela Reserva Federal, para procurar conter esta subida de preços.
No fecho da sessão de hoje, as perdas anuais do Dow Jones foram de 8,78%, as do S&P500 atingiram os 19,10%, mas foi o Nasdaq que sofreu mais, com um recuo de 33,10%.
"O ano foi claramente difícil para os investidores. 2022 começou com uma Fed que mudou de atitude e a invasão russa da Ucrânia", resumiu Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
"Depois, tivemos a inflação mais elevada em quatro décadas, perdas de dois dígitos em ações e obrigações, taxas de juro em rápida subida, continuação dos confinamentos na segunda economia mundial e um arrefecimento do mercado imobiliário", especificou.
Com um tom otimista para 2023, Hogan apontou que "historicamente" é "raro ter dois anos de baixa consecutivos nos mercados".
Mas já aconteceu por quatro vezes desde 1928, a saber, designadamente durante a crise de 1929, a implosão da bolha da internet em 2002 e a queda do imobiliário em 2008.
Hoje, o volume das transações foi muito reduzido e a agenda de indicadores económicos esteve quase vazia.
A próxima semana vai ser encurtada, devido ao feriado de Ano Novo, na segunda-feira, mas aguarda-se na quarta-feira a ata da última reunião de política monetária da Reserva Federal e, sobretudo, na sexta-feira, os números do emprego relativos a dezembro.
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