Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS adianta que contratou os financiamentos bancários junto de cinco instituições financeiras - Banco BPI, Banco Sabadell - Sucursal em Portugal, Banco Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Millennium bcp.
Estas operações, adianta a NOS, "visam antecipar as necessidades de refinanciamento de 2023 e estão enquadradas pelo 'Sustainability-Linked Financing Framework' da NOS, o qual foi objeto de 'Second Party Opinion' por parte da Standard and Poor's (ambos publicados em fevereiro de 2022, e disponíveis no 'website' da NOS)".
As novas linhas "encontram-se, assim, indexadas ao objetivo de redução das emissões de gases com efeito de estufa da operação própria (emissões de âmbito 1 e 2) em pelo menos 80% até 2025, em relação a 2019".
"As linhas que agora contratamos, para além de contribuírem positivamente para a manutenção de um custo médio de financiamento da nossa dívida muito competitivo face às congéneres e promoverem o aumento da maturidade média da dívida, reforçam o alinhamento da estrutura de financiamento com o nosso propósito estratégico de ser uma referência líder em práticas de gestão sustentáveis, a nível nacional e internacional", indica o CFO da NOS.
José Pedro Pereira da Costa adianta que "após o reembolso de uma emissão obrigacionista que terá lugar em maio, de 300 milhões de euros, a NOS passará a ter cerca de 70% da dívida contratada indexada a indicadores e targets de sustentabilidade".
Este compromisso "está em linha com o objetivo de redução de emissões da operação própria da NOS para 2030, que se encontra validado pela Science Based Targets initiative (SBTi), e alinhado com a ciência climática e com as melhores práticas do setor https://sciencebasedtargets.org/companies-taking-action#dashboard", refere a operadora.
Com estas operações, "a NOS consolida a ligação entre o seu custo de financiamento e o seu desempenho ao nível da sustentabilidade, reforçando e demonstrando a sua relevância estratégica e o compromisso, a todos os níveis da organização, em atingir metas 'best in class' em indicadores ESG (Environmental, Social and Corporate Governance)".
A NOS apresenta "um rácio de endividamento da dívida financeira líquida/EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] após 'leasings' de 1,85x (a 30 de setembro de 2022), ligeiramente abaixo do 'target' de cerca de 2x definido na política financeira da NOS e abaixo da maioria das empresas do setor das telecomunicações, o que demonstra a solidez do seu balanço consolidado", conclui.
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