A taxa de inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi de 10,5% em agosto, 8,9% em setembro, 7,3% em outubro, 6,8% em novembro e 5,7% em dezembro em Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.
Espanha fechou o ano passado com a inflação mais baixa da União Europeia, depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados e de em julho ter registado a taxa mais alta no país desde 1984.
Isto apesar do aumento recorde dos preços dos alimentos, que em dezembro voltou a situar-se acima dos 15% (15,7%), comparando com o mesmo mês do ano passado, valores que são os mais altos desde 1994.
Segundo os dados divulgados hoje, sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em janeiro foi 7,5% em Espanha, mais cinco décimas do que os 7% de dezembro.
A inflação subjacente "é a mais alta desde dezembro de 1986", destacou hoje o INE espanhol.
A maior inflação em janeiro "deve-se, principalmente, aos preços dos combustíveis", segundo havia já avançado o instituto há duas semanas, quando divulgou a primeira estimativa da subida dos preços no mês passado.
Em janeiro, o governo espanhol acabou com um desconto de 20 cêntimos por cada litro de combustível comprado por particulares.
Em paralelo, para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor no mês passado um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA (imposto sobre o consumo) de alguns alimentos e produtos considerados básicos.
Espanha aprovou ao longo de 2022 vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca e 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do IVA da eletricidade e do gás para 5% ou desconto de 20 cêntimos por litro na compra de combustíveis.
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