A greve dos trabalhadores da CP - Comboios de Portugal e das Infraestruturas de Portugal (IP) prossegue pelo segundo dia consecutivo e António Pereira, dirigente do Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), pede que o Governo reflita sobre a paralisação e alerta para os custos que estão em causa, que dariam para aumentar os salários dos funcionários.
"São quatro dias de greve. Esperamos que o senhor ministro tenha olhos para ver, que reflita sobre estes quatro dias de greve. O prejuízo é enorme para o país e para as empresas. O dinheiro que se está a perder com estes quatro dias de greve e com outras greves daria certamente e ficava muito dinheiro de sobra para dar prémios aos trabalhadores, para dar um aumento justo aos trabalhadores", disse António Pereira, em declarações à SIC Notícias.
A CP suprimiu mais de metade dos 253 comboios programados para entre as 00h00 e as 08h00 de hoje, segundo um balanço da empresa.
Esta greve de quatro dias levou a transportadora a alertar para "fortes perturbações" até 2 de março, num protesto pelo impasse nas negociações salariais que também envolve a IP, havendo serviços mínimos decretados para dois daqueles dias.
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A greve foi convocada pelos Sindicatos SINFA, ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINFB, SIOFA, STF, STMEFE, SINAFE para segunda-feira e quarta-feira e pelo SNTSF para terça-feira e quinta-feira.
No dia 15 de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram uma greve na CP para segunda e quarta-feira.
Em comunicado, referiam que os trabalhadores da CP vão fazer greve "durante todo o seu período de trabalho".
Um dia antes, aqueles sindicatos tinham anunciado uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP) para terça e quinta-feira.
Em causa está o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP e da CP, afirmam os sindicatos em comunicado.
[Notícia atualizada às 10h01]
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