Em declarações à Lusa, Francisco Figueiredo, da direção nacional da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht), deu conta dos resultados de dois plenários dos trabalhadores da empresa Apeadeiro 2020, que presta este serviço à CP, nas duas cidades.
"Os trabalhadores decidiram manter a greve que se está a realizar e realizar uma vigília no Porto e em Lisboa" na segunda-feira, esperando ainda que "a reunião marcada para o Ministério do Trabalho no dia 08 de março, com a empresa e a CP dê resultados", indicou.
A adesão à greve "é de 100%", disse, sendo que "o que os trabalhadores exigem é que a CP assuma o serviço, rescinda o contrato com a concessionária, que não tem condições para continuar", e "assuma a gestão do serviço de refeições e bares dos comboios de longo curso, alfa pendular e intercidades", bem como os contratos dos trabalhadores. Em causa estão cerca de 130 funcionários.
Segundo informação enviada pela Fesaht, o Governo informou a federação de "que está a ser feita uma consulta ao mercado para entregar a exploração a outra empresa, que o problema será resolvido no prazo de 30 dias e que a CP já rescindiu o contrato de concessão, acrescentando que dará uma informação mais completa na reunião do Ministério do Trabalho que terá lugar dia 08 de março".
"Não é aceitável que os trabalhadores, que já têm o salário de fevereiro em atraso, fiquem mais o mês de março sem salário", disse a federação, acrescentando que, "além disso, os comboios de longo curso não podem legalmente circular sem serviço de bar e refeições".
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