"Não é inflação, é especulação". Redes sociais não perdoam 'supers'

Nas redes sociais vão sendo comparados os preços e há relatos de falsas poupanças em supermercados. Esteja atento.

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Notícias ao Minuto
10/03/2023 11:03 ‧ 10/03/2023 por Notícias ao Minuto

Economia

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A subida dos preços tem sido uma constante ao longo dos últimos meses e o Governo já anunciou que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está no terreno com ações de fiscalização. Contudo, nas redes sociais vão sendo comparados os preços, há relatos de falsas poupanças e ainda há quem brinque com a situação - mesmo que a questão seja séria e coloque em causa um tema muito importante: o acesso a produtos básicos de alimentação

Só na quinta-feira, sublinhe-se, a ASAE instaurou 17 processos-crime por especulação de preços em supermercados e hipermercados. Detetou ainda em bens alimentares diferenças de 39% entre o preço afixado e disponibilizado ao consumidor e o pago em caixa.

Além destas diferenças, há que ter em atenção as falsas poupanças. Uma publicação partilhada na página do Facebook do programa de televisão 'Contas Poupança' revela um 'pack poupança' de um quilo que, na verdade, tem um preço superior ao preço por quilo do mesmo produto com 500 gramas.

Este exemplo está a gerar revolta: "Ir hoje em dia ao supermercado é um verdadeiro exercício de concentração. As aldrabices e a enorme falta de consideração pelo consumidor é o que mais abunda", comenta um dos utilizadores.   

Há também quem compare os preços cobrados pelas grandes superfícies comerciais com o de outros estabelecimentos mais pequenos e conclui: "Não é inflação, é especulação"

No meio da polémica, há ainda quem brinque com a situação, recordando o episódio em que vários supermercados colocaram alarme em produtos alimentares:

"Não sejamos injustos. Há supermercados que inflacionaram os preços às vezes em 70% porque as caixas de alarme são carotas. Ou julgam o quê?", escreve um utilizador na rede social Twitter. 

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) contestou as conclusões da ASAE sobre subida de preços dos alimentos, afirmando que o setor do retalho alimentar não aumentou as margens de comercialização.

Por sua vez, a Associação Nacional dos Transportadores de Mercadorias disse que o aumento do preço dos bens essenciais não se deve ao transporte, esclarecendo que este não regista subidas que justifiquem as diferenças encontradas nos supermercados.

Em comunicado, a ANTRAM acusa igualmente a associação das empresas de distribuição de mentir ao tentar relacionar estes aumentos com o custo de transporte, dizendo que isso "não corresponde à realidade".

Leia Também: Supers na mira: Alimentos sobem o "dobro da inflação" (atenção ao pagar)

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