"Na nossa opinião, os bancos do nosso universo de cobertura têm liquidez suficiente e financiamento e capital estáveis para atravessar esta turbulência dos mercados", sustenta a DBRS num comentário divulgado hoje.
Assim, e embora preveja que, "na sequência da rápida subida das taxas de juro, alguns bancos irão reposicionar as suas carteiras de títulos, vendendo aqueles com menor rendimento e reinvestindo os recursos em ativos de maior rendimento, registando perdas", a agência considera que os bancos abrangidos pela sua cobertura de 'rating' "são capazes de absorver essas perdas com os respetivos lucros e fortes amortecedores de capital".
"Pensamos que os balanços dos bancos dos EUA continuam fortes, com amplos níveis de liquidez e financiamento sólido de depósitos, que se mantêm superiores aos níveis pré-pandemia, com um rácio crédito/depósitos de 69% em 2022, ainda acima dos 76% de 2019", refere.
"No geral -- acrescenta -- consideramos as fontes de financiamento da maioria dos bancos como sendo bastante diversificadas e com maturidades da dívida bem escalonadas".
As bolsas europeias continuam hoje em queda e a registar a pior sessão do ano, pressionadas pelo setor bancário devido às preocupações com os riscos de contágio após as falências nos Estados Unidos.
Cerca das 09:40 GMT (mesma hora em Lisboa), a bolsa de Paris estava a cair 2,95%, Frankfurt a recuar 3,12%, Londres 2,43% e Milão 4,60%.
Entre os vários bancos, o BNP Paribas caía 6,06%, o Santander 7,37%, o ING 8,30% e o Commerzbank 12,02%.
Na base deste comportamento das bolsas europeias está o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e a intervenção dos reguladores dos EUA, no fim de semana, junto de um segundo banco -- o Signature Bank --, o que influenciou o comportamento dos mercados, cujo foco principal estava na reunião do Banco Central Europeu (BCE) na próxima quinta-feira e na inflação.
Hoje, o HSBC, o maior banco europeu, comprou a filial do SVB no Reino Unido depois do seu colapso na semana passada, através de um resgate privado facilitado pelo Governo britânico e pelo Banco de Inglaterra, anunciou o executivo britânico.
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