Wall Street fecha em alta clara. Investidores menos ansiosos com bancos

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em nítida alta, graças a uma caça às ações com preços considerados baratos e à redução da ansiedade dos investidores, seduzidos pela perspetiva de um possível fim antecipado da política monetária da Reserva Federal.

Notícia

© Lusa

Lusa
14/03/2023 22:31 ‧ 14/03/2023 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 1,06%, o tecnológico Nasdaq avançou 2,14% e o alargado S&P500 ganhou 1,68%.

Depois de uma sessão de altos e baixos na segunda-feira, "houve uma mudança no estado de espírito, pelo menos no curto prazo, quanto à vulnerabilidade do sistema bancário" dos EUA, destacou Steve Sosnick, da Interactive Brokers.

Para os operadores, "o risco de contágio bancário evaporou-se e Wall Street recuperou o apetite pelos ativos mais arriscados", corroborou, em nota analítica, Edward Moya, da Oanda.

"Tivemos uma recuperação, alimentada pelo medo de alguns de passarem ao lado" do rearranque, segundo Steve Sosnick.

Martirizados na véspera, os bancos regionais e de dimensão média subiram acentuadamente, encabeçados pelo First Republic, que valorizou hoje 26,98%, depois de ter desvalorizado quase 62% na véspera.

O movimento de recuperação contou também com o KeyCorp (+18,54%), casa-mãe do banco KeyBank, em Cleveland, no Estado do Ohio, o Western Alliance (+14,36%), de Phoenix, no Arizona, e o Pac West (+33,85%), da Califórnia.

Menos abalados do que os pequenos estabelecimentos, os grandes bancos também foram alvo de interesse, com o Wells Fargo a progredir 4,58% e o Citigroup 5,95%.

O regresso de uma certa serenidade a Wall Street conduziu a um movimento de venda de obrigações, o que fez subir os seus rendimentos, que evoluem em sentido inverso ao dos preços.

Assim, o rendimento oferecido pela dívida pública federal a 10 anos passou dos 3,57% de segunda-feira para 3,68%.

O sismo que abalou o setor bancário nos últimos dias modificou as expectativas dos operadores, que veem agora a Reserva Federal (Fed) a acabar com o ciclo de endurecimento monetário, depois de mais uma subida de um quarto de ponto percentual (25 pontos-base) da sua taxa de juro de referência, na próxima semana.

Esta expectativa foi reforçada hoje pela publicação do índice de preços no consumidor (IPC), que apresentou um crescimento mensal de 0,4% em fevereiro, como os economistas anteciparam.

Em termos anuais, o IPC está em seis por cento, depois dos 6,4% de janeiro. Esta é a subida de preços mais moderada desde setembro de 2021.

A praça nova-iorquina também foi estimulada pelo anúncio do presidente executivo da Meta, Mark Zuckerberg, de mais uma vaga de despedimentos massivos na empresa, desta vez 10 mil, depois dos 11 mil empregos eliminados em novembro. No total, este conglomerado das redes sociais vai reduzir o seu efetivo laboral em quase um quarto (24%).

"Se você reduz os seus efetivos, isso deve melhorar as suas margens", o que agrada aos investidores, "mas, ao mesmo tempo, as empresas com boa saúde não fazem despedimentos massivos", afirmou Steve Sosnick. "Mas, neste momento, os investidores aplaudem", acrescentou.

A perspetiva do possível fim da subida de taxa de juro pela Fed e o anúncio da Meta propulsionaram todo o setor tecnológico, o que permitiu ao Nasdaq valorizações superiores aos outros dois índices mais emblemáticos de Wall Street, o Dow Jones e o S&P 500.

Leia Também: Monterey Park. Biden promete redobrar combate a violência armada nos EUA

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas