"É demasiado cedo para falar de uma pausa", disse Knot, considerado um dos principais representantes da corrente mais restritiva ou 'falcão' do conselho do BCE, numa entrevista com o 'Irish Times', na qual argumenta que para interromper a sequência de subidas de taxas seria necessária uma mudança convincente na dinâmica da inflação subjacente, que exclui alimentos e energia.
Neste sentido, o banqueiro holandês admite "não se sentir desconfortável" com projeções de mercado que apontam para mais 75 pontos base no preço do dinheiro, embora sublinhe que a decisão sobre se o BCE aumentará em maio 50 ou 25 pontos base será provavelmente determinada pelos dados de inflação de abril, que serão publicados apenas dois dias antes da decisão.
Os dados de março passado, divulgados numa segunda leitura na quarta-feira pelo Eurostat, confirmaram que a taxa de inflação geral tinha caído de 8,5% em fevereiro para 6,9%, enquanto a taxa subjacente subiu para um novo recorde de 5,7%.
O Conselho do BCE deverá reunir-se em 04 de maio para avaliar a sua política monetária e voltará a reunir-se em 15 de junho, altura em que publicará também as suas novas projeções macroeconómicas, bem como em 27 de julho de 2023.
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