Câmara de Lisboa aguarda eletricidade em dois prédios para entregar chaves

A Câmara de Lisboa concluiu a construção de dois prédios de habitação no final de março, mas aguarda ainda a distribuição de eletricidade por parte da E-REDES, estando desde então um polícia à porta para impedir ocupações abusivas.

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Lusa
08/05/2023 11:12 ‧ 08/05/2023 por Lusa

Economia

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Os dois prédios, com "um conjunto de 40 fogos", localizam-se no Bairro da Boavista, na freguesia de Benfica, e as obras de construção estão concluídas "desde o fim de março", segundo a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), que diz que "foram feitos pedidos nos meses de março e abril" à E-REDES - Distribuição de Eletricidade.

Em resposta escrita à agência Lusa, fonte oficial da E-REDES recusou a existência de atrasos, assegurou o cumprimento de todos os prazos estabelecidos e afirmou que a empresa tem estado "em contacto permanente" com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) no decorrer de todo o processo, tendo ficado definida "a construção dos ramais que vão servir a área".

"A interação entre a E-REDES e a CML tem permitido que os prazos legais tenham sido cumpridos, apesar da complexidade técnica e processual envolvida. Assim sendo, a E-REDES tem prevista a conclusão da obra até ao final deste mês de maio", adiantou a empresa.

A vereadora da Habitação, que tem também o pelouro das Obras Municipais, afirmou que a instalação de eletricidade tem afetado a entrega de chaves de casas, "porque atrasa", e referiu que "este é um problema que já vinha de trás".

O presidente da CML, Carlos Moedas (PSD), já falou com o presidente da E-REDES, José Ferrari Careto, para "tentar melhorar" o tempo de demora na construção dos ramais de eletricidade, adiantou Filipa Roseta, explicando que "tem a ver mais com o planeamento de obras".

"Já temos um ponto de contacto na E-REDES para ver se conseguimos aferir, dizer 'vamos acabar nesta altura', para ver se temos o planeamento encadeado. Estamos a tentar melhorar e sentimos na E-REDES uma vontade de melhorar, mas ainda não está a funcionar", declarou a autarca, sem conseguir apontar as razões da demora.

A previsão de agendamento por parte da E-REDES para intervir nos dois prédios no Bairro da Boavista aponta para "o final do mês de maio, a partir do dia 22", indicou a vereadora da Habitação.

Desde o fim de março, quando o empreito concluiu as obras, e até que E-REDES termine a intervenção, previsivelmente no final de maio, ou seja, durante dois meses, há um polícia municipal em cada um dos dois prédios a controlar a entrada, 24 horas por dia, para impedir ocupações abusivas.

"Não aceitamos ocupações das casas municipais, porque temos uma lista de espera enorme e as casas são para famílias que se candidataram, estiveram à espera e têm carências socioeconómicas graves, são para essas famílias. Não permitimos que venha outra família passar à frente", expôs Filipa Roseta.

O pagamento dos serviços da Polícia Municipal foi também um dos argumentos da CML para pedir à E-REDES "um esforço" para acelerar o abastecimento de eletricidade.

Além destes dois prédios no Bairro da Boavista, no atual mandato, que teve início em outubro de 2021, "houve uma situação de espera pela E-REDES nos edifícios construídos na Avenida Estados Unidos da América e que foram já atribuídos no âmbito do Programa de Renda Acessível", revelou a vereadora.

Os 40 fogos no Bairro da Boavista, que aguardam eletricidade para serem entregues, inserem-se no programa em curso de realojamento de moradores das casas de alvenaria que ainda subsistem neste bairro.

"Os realojamentos são realizados de acordo com as regras estabelecidas no Regulamento de Operações de Realojamento, cujos critérios de atribuição de habitação se assemelham aos critérios aplicados no Programa de Arrendamento Apoiado", informou.

Leia Também: PER/30 Anos. Lisboa arranca este ano com 11 obras nos bairros municipais

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